quinta-feira, 11 de setembro de 2008

ELEVADOR ESPACIAL



O Elevador espacial foi inspirado no livro " As Fontes do Paraiso" de Arthur C. Clarke, é um projeto que pode ser realizado nas próximas décadas. 'Não é mais ficção científica', diz David Smitherman, engenheiro do Laboratório Marshall de Projetos Avançados da Nasa. 'Podemos tê-lo em operação na segunda metade do século.'
O seu principal trunfo é a economia, pois o elevador poderá aposentar os caros foguetes tripulados usados até agora. O estudo de Smitherman mostrou que, uma vez pronto, seriam gastos US$ 150 por passageiro levado à estação orbital. Nos ônibus espaciais, esse custo por pessoa é de US$ 2 milhões.
É claro que a construção exigirá somas igualmente astronômicas e décadas de pesquisa. O elevador espacial necessita de um cabo 100 vezes mais resistente que os feitos de aço. Para isso, a Nasa já pesquisa um material composto de nanotubos de carbono – fibras microscópicas, dispostas de forma a garantir extrema resistência. Será preciso também uma base na Terra com 50 km de altura. O Brasil tem chances até de ser 'zelador' da torre. Ela terá de ficar perto da linha do Equador – excluindo hospedeiros como EUA, países da Europa e Japão.
Para quem acha que não passa de delírio, vale conferir a declaração do escritor Arthur Clarke: 'O elevador espacial ficará pronto 50 anos depois que as pessoas pararem de rir dessa idéia'. Alguém duvida?

Desafio triplo
O projeto do elevador espacial tem três grandes problemas pela frente. O primeiro é desenvolver a propulsão eletromagnética para mover o veículo pelo cabo a velocidades de 2.000 km/h, carregando dezenas de passageiros e toneladas de carga. O segundo desafio é construir uma torre de 50 km de altura, de onde deverá partir o elevador, necessária para dar estabilidade ao sistema. Em comparação, a maior construção existente na atualidade é a CN Tower, de Toronto (Canadá), que tem cerca de um centésimo dessa altura, com 553 metros. E o terceiro é arrumar onde 'ancorar' o cabo do elevador no espaço. Isso significa capturar um asteróide ou construir uma estação a exatos 35.786 km da superfície – a altitude da órbita geoestacionária, onde os objetos se movem na mesma velocidade de rotação do planeta, ficando portanto 'parados' sobre um mesmo ponto na Terra.


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