quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A MÁQUINA DO TEMPO


Máquina do tempo poderia ser construída com tecido do espaço-tempo


Cientistas criaram o modelo teórico de uma máquina do tempo que, segundo eles, num futuro distante, poderá permitir que homem viaje rumo ao passado. Ao contrário de um equipamento complexo, a máquina do tempo vislumbrada pela equipe do Dr. Amos Ori, é o próprio tecido do espaço-tempo.


Espaço-tempo
"Para viajar de volta no tempo, a estrutura do espaço-tempo deve ser rearranjada adequadamente," diz o professor Ori. "É com isto que a teoria da relatividade geral de Einstein lida. Ela diz que o espaço-tempo pode ser plano. Ou seja, ele tem uma estrutura banal, simples. Mas ele também pode ser encurvado em várias configurações. De acordo com a teoria da relatividade, a essência dos campos gravitacionais está na curvatura do espaço-tempo. A teoria da relatividade também define como o espaço se curva e como essa estrutura se desenvolve ao longo do tempo."


A questão que se sobressai, portanto, é: seguindo os princípios do processo de curvatura do espaço-tempo, poderia o homem construir uma máquina do tempo que manipule essa curvatura e tire proveito dela?

Seguindo esse raciocínio, bastaria que curvássemos o tecido do espaço-tempo de forma adequada, fazendo-o fechar um "loop" no qual o presente se encontraria com o passado.

Máquina do tempo
No passado, vários cientistas já colocaram objeções a esse raciocínio. Um desses argumentos era de que seria impossível construir-se uma máquina do tempo porque ela precisaria conter material com densidade negativa. E, como o homem não dispõe de um material assim - na verdade, não está claro para os cientistas se as leis da física permitiriam a construção de tal material - então não seria possível a construção de uma máquina do tempo.

A teoria do Dr. Ori propõe que dá para construir a máquina do tempo sem a necessidade de um material com densidade negativa. O modelo proposto por ele consiste em um vácuo contendo apenas matéria tradicional, com densidade positiva.

"A máquina é o próprio espaço-tempo, diz ele. "Hoje, se criássemos uma máquina do tempo - uma área com uma dobra no espaço que permita que as linhas do tempo se cruzem - isso poderia permitir que as futuras gerações voltassem para visitar nosso tempo. Nós, aparentemente, não podemos retornar ao nosso passado porque nos antepassados não poderiam criar essa infraestrutura para nós."


Problemas para o futuro
Mesmo que nenhum outro estudioso encontre falhas no raciocínio do Dr. Ori, o fato é que não possuímos a tecnologia necessária para controlar os campos gravitacionais ao nosso bel prazer, o que é suficiente para manter a máquina do tempo no campo das teorias.

O próprio pesquisador levanta outra questão, que ele chama de "não-trivial": o problema da instabilidade, segundo o qual haveria distúrbios em um espaço-tempo que possua uma máquina do tempo. Esses distúrbios seriam crescentes, a ponto de rasgar o espaço-tempo, cancelando a máquina tão sonhada.


ELEVADOR ESPACIAL



O Elevador espacial foi inspirado no livro " As Fontes do Paraiso" de Arthur C. Clarke, é um projeto que pode ser realizado nas próximas décadas. 'Não é mais ficção científica', diz David Smitherman, engenheiro do Laboratório Marshall de Projetos Avançados da Nasa. 'Podemos tê-lo em operação na segunda metade do século.'
O seu principal trunfo é a economia, pois o elevador poderá aposentar os caros foguetes tripulados usados até agora. O estudo de Smitherman mostrou que, uma vez pronto, seriam gastos US$ 150 por passageiro levado à estação orbital. Nos ônibus espaciais, esse custo por pessoa é de US$ 2 milhões.
É claro que a construção exigirá somas igualmente astronômicas e décadas de pesquisa. O elevador espacial necessita de um cabo 100 vezes mais resistente que os feitos de aço. Para isso, a Nasa já pesquisa um material composto de nanotubos de carbono – fibras microscópicas, dispostas de forma a garantir extrema resistência. Será preciso também uma base na Terra com 50 km de altura. O Brasil tem chances até de ser 'zelador' da torre. Ela terá de ficar perto da linha do Equador – excluindo hospedeiros como EUA, países da Europa e Japão.
Para quem acha que não passa de delírio, vale conferir a declaração do escritor Arthur Clarke: 'O elevador espacial ficará pronto 50 anos depois que as pessoas pararem de rir dessa idéia'. Alguém duvida?

Desafio triplo
O projeto do elevador espacial tem três grandes problemas pela frente. O primeiro é desenvolver a propulsão eletromagnética para mover o veículo pelo cabo a velocidades de 2.000 km/h, carregando dezenas de passageiros e toneladas de carga. O segundo desafio é construir uma torre de 50 km de altura, de onde deverá partir o elevador, necessária para dar estabilidade ao sistema. Em comparação, a maior construção existente na atualidade é a CN Tower, de Toronto (Canadá), que tem cerca de um centésimo dessa altura, com 553 metros. E o terceiro é arrumar onde 'ancorar' o cabo do elevador no espaço. Isso significa capturar um asteróide ou construir uma estação a exatos 35.786 km da superfície – a altitude da órbita geoestacionária, onde os objetos se movem na mesma velocidade de rotação do planeta, ficando portanto 'parados' sobre um mesmo ponto na Terra.